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  • Como abrir uma fintech? Dicas de especialistas para lidar com burocracia e regulamentações

    há 2 semanas (15/04/2025)

    Como abrir uma fintech? Dicas de especialistas para lidar com burocracia e regulamentações

    A tecnologia está impulsionando o surgimento de novos negócios no setor de finanças. Mas ter uma ideia inovadora é apenas o primeiro passo da jornada. É necessário entender como abrir uma fintech e lidar com todas as obrigações legais, regulamentárias e burocráticas que este mercado exige. Neste artigo, queremos compartilhar um pouco da expertise do nosso escritório com você. A seguir, solucionamos as maiores dúvidas de empresários, de compliance à atração de investidores. Boa leitura!

    O que é uma fintech?

    Fintech é uma empresa que utiliza tecnologia digital para oferecer serviços financeiros. O termo "fintech" deriva da junção de "financial" (financeiro) e "technology" (tecnologia); e elas podem atuar em diversas áreas e modelos, como: ·         bancos digitais: oferecem contas, cartões e empréstimos sem agências físicas; ·         pagamentos e transferências: facilitam transações rápidas e seguras em apps e plataformas; ·         investimentos: proporcionam acesso a mercados financeiros e soluções de investimento com menor burocracia; ·         seguros: desenvolvem produtos de seguros com processos simplificados e personalizados. É interessante dizer que o Brasil lidera o cenário de fintechs na América Latina. Temos mais de 1,6 mil fintechs, o que equivale a 58,7% das empresas do setor na região.

    Fintech x Bancos: entenda a diferença

    As fintechs são negócios movidos por tecnologia que atuam no mercado financeiro, implementando soluções inovadoras para as demandas do mercado. Já o banco é uma instituição financeira, com uma estrutura tradicional e pode ou não investir em tecnologia e recursos digitais. Portanto, a grande diferença é que as fintechs têm a tecnologia em seu DNA. Ela faz parte de todos os seus processos, sejam eles internos ou no dia a dia do cliente final.

    Quais os tipos de fintechs?

    Em geral, as fintechs surgem como startups, mas com um propósito claro que inovar o sistema financeiro. Veja os modelos que mais encontramos no mercado brasileiro: ·         Fintechs de pagamento; ·         Fintechs de crédito; ·         Fintechs de crowdfunding; ·         Fintechs de criptomoedas; ·         Fintechs de controle financeiro pessoal e empresarial.

    Como abrir uma fintech? Comece conhecendo as principais leis e regulamentos!

    O Baldin Mello é um escritório focado no universo da tecnologia, startups e fintechs. Ao longo dos anos, percebemos que as maiores dificuldades dos empresários ao pensarem em como abrir uma fintech é exatamente conhecer o sistema legal e jurídico do setor. Conheças as principais regulamentações do setor:

    Resolução nº 4.656 e 4.567 de 2018

    Essa resolução eliminou a dependência das fintechs em relação aos bancos tradicionais e criou dois modelos operacionais:
    • Sociedade de Crédito Direto (SCD): permite que as fintechs utilizem recursos próprios para realizar empréstimos, além de emitir moeda eletrônica e a atuar com seguros;
    • Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP): a fintech atua como intermediária em operações de empréstimos e financiamentos peer-to-peer, conectando credores e devedores.
    Já a resolução 44567 ampliou o escopo de atuação das fintechs, autorizando-as a executarem atividades sem a intermediação de um banco tradicional, como: ·         venda de direitos creditórios; ·         securitização; ·         operações de custódia.

    Resolução nº 4.658 de 2018: segurança cibernética

    Voltada para a proteção dos dados dos clientes, essa resolução estabelece diretrizes para a política de segurança cibernética das fintechs. Entre os pontos principais, estão: ·         adoção de medidas rígidas de segurança dos dados; ·         orientações para a contratação de serviços de processamento, armazenamento de dados e computação em nuvem; ·         complementação das medidas previstas na Lei Geral de Proteção de Dados.

    Lei nº 9.613/98 e Lei nº 12.683/12: lavagem de dinheiro e ocultação de bens

    Essas leis impõem a criação de controles internos rigorosos para prevenir práticas ilícitas, como a lavagem de dinheiro e a ocultação de bens. Assim, previnem fraudes e ajudam a manter a segurança de transações financeiras no meio digital.

    Quanto custa abrir uma fintech?

    Os custos para abrir uma fintech englobam diversas despesas. Inicialmente, é necessário investir no registro da marca, que pode variar entre R$ 200 e R$ 1 mil, além do capital social, cujo valor mínimo é de R$ 1 mil Em seguida, há as taxas para abertura e formalização, que em média giram em torno de R$ 500, variando conforme o estado. Após esses passos iniciais, existem os gastos com infraestrutura e contratação de colaboradores.

    Como captar investidores para a sua fintech?

    Para captar investidores para sua fintech, é importante estruturar o negócio de acordo com suas necessidades e características. Se o aporte inicial for modesto, o modelo de bootstrapping – usando recursos próprios – pode ser uma boa estratégia para, posteriormente, buscar investimentos externos. À medida que o projeto evolui, a captação pode ocorrer por meio de diferentes rodadas de negociação, como: ·         investimento-anjo: indicado para empresas em fase de planejamento, oferecendo aporte para a criação do MVP; ·         rodadas pré-seed e seed: focadas em levantar fundos que apoiem as etapas iniciais do desenvolvimento da solução; ·         série A: voltada para fintechs que já operam e precisam de recursos para expandir sua atuação; ·         série B e posteriores: para negócios consolidados que buscam crescimento acelerado e expansão em novos mercados. Além disso, é importante preparar uma apresentação que ressalte a proposta de valor, a tecnologia adotada e a capacidade de gerar lucro. Tudo isso deve ser fundamentado em documentos contábeis e dados realistas.  

    Como abrir uma fintech: 6 passos indispensáveis

    O mercado de fintechs está em plena expansão e oferece grandes oportunidades. Mas, se você não sabe como abrir uma fintech, precisa começar pelo planejamento estratégico! Se organizar, tomar boas decisões, conhecer o mercado e seus desafios fazem parte dessa jornada. Além disso, selecionamos mais algumas dicas que poderão te ajudar. Acompanhe!

    1. Faça uma pesquisa de mercado aprofundada

    Tudo começa com uma pesquisa de mercado. Isso o ajudará a identificar oportunidades de negócio e necessidades que uma fintech pode ajudar a resolver.   Portanto, concentre-se em fazer um estudo aprofundado, coletando dados, ouvindo consumidores e avaliando concorrentes.

    2. Defina seu nicho de mercado

    Escolher um nicho adequado te permite criar uma proposta de valor exclusiva e facilita a fidelização dos clientes. Em geral, fintechs especializadas em um setor conseguem se conectar com as dores dos seus clientes e direcionar esforços no que realmente importa para a missão da marca.

    3. Escolha o modelo regulatório

    O terceiro passo de como abrir uma fintech é a escolha do modelo operacional. Neste caso, você pode considerar as seguintes opções:   ·         Empresa Simples de Crédito (ESC); ·         Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e Empresa de Pequeno Porte (SCMEPP); ·         Sociedade de Crédito Direto (SCD); ·         Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP). Cada modelo possui exigências específicas em relação à constituição, capital social e regulamentação pelo Banco Central. Por isso, será necessário alinhar a estrutura jurídica da empresa e adequá-la às normas vigentes. Em geral, você deve preparar a documentação, planos de governança e políticas internas para garantir a conformidade com a legislação.

    4. Estruture o planejamento tecnológico

    Você também deverá focar na tecnologia que suportará a operação da fintech. Ou seja, as ferramentas e plataformas que vão gerenciar pagamentos, realizar análises de dados e garantir transações financeiras ágeis e seguras. Essa etapa envolve a criação de um ambiente digital robusto, que inclua infraestrutura de TI, sistemas de segurança e integração com serviços de nuvem. Lembrando que a tecnologia escolhida deve ser escalável e adaptável às demandas do mercado.

    5. Desenvolva e valide seu produto

    Comece criando um protótipo para testar a viabilidade da solução e identificar ajustes necessários. Essa fase de Prova de Conceito (POC) permite verificar se o conceito teórico se transforma em uma aplicação prática que atende às expectativas dos usuários. Após o protótipo, avance para o desenvolvimento do Minimum Viable Product (MVP), uma versão simplificada do produto que já contempla as funcionalidades essenciais. Realize testes beta com um grupo restrito de usuários para coletar feedback e realizar iterações, aprimorando o produto antes do lançamento em larga escala.

    6. Firme parcerias estratégicas

    Por fim, você precisa firmar parcerias para abrir e manter sua fintech operando. Aqui, ressaltamos a colaboração de diferentes tipos de negócio, de instituições financeiras e provedores de tecnologia a um escritório de advocacia. Em nossa larga experiência percebemos o quanto o apoio jurídico é importante para estruturar o negócio e garantir o compliance regulatório. Nossos clientes têm  a tranquilidade para focar nos desafios do mercado, enquanto asseguramos segurança jurídica para suas decisões.

    Tendências de 2025 para o mercado de fintechs

    De acordo com dados da plataforma global Statista, existem aproximadamente 30 mil fintechs no mundo. Esse número revela a intensa competitividade e o dinamismo do setor, em que a inovação é um combustível para crescer. Para te ajudar, listamos as tendências para fintechs em 2025. Confira!

    Embedded Finance: integrando serviços no cotidiano

    O Embedded Finance permite que serviços financeiros, como pagamentos, créditos e seguros, sejam incorporados em diversas plataformas, sem a necessidade de um aplicativo separado. Essa integração torna a experiência do usuário mais fluida e prática. Ao colaborar com setores como varejo e mobilidade, as fintechs expandem suas ofertas e criam parcerias estratégicas que ampliam seu alcance, beneficiando tanto a empresa quanto os consumidores.

    Open Data: potencializando a personalização

    Com o avanço do Open Finance, o Open Data torna possível explorar informações financeiras e de outros setores, como saúde e energia, de forma segura e autorizada. Essa tendência possibilita a criação de soluções mais personalizadas para os clientes. Ao integrar esses dados, as fintechs aprimoram a análise de crédito e oferecem serviços mais transparentes e competitivos. Essa transformação favorece a inovação e cria modelos de negócio para um mercado cada vez mais dinâmico.

    RegTech: agilizando a conformidade regulatória

    O uso de tecnologias como inteligência artificial e blockchain, característico do RegTech, automatiza processos de compliance e reduz custos operacionais. Essa abordagem facilita a adaptação às mudanças regulatórias e minimiza riscos. Com respostas mais rápidas e seguras às exigências legais, as fintechs ganham agilidade e aumentam a confiança dos usuários, promovendo um ambiente financeiro mais estável.

    Fortaleça seu compliance regulatório com o Baldin Mello!

    Neste conteúdo, buscamos abordar as principais dúvidas de quem pesquisa sobre como abrir uma fintech. Sem dúvidas, este é um processo importante para o empresário e exigirá atenção a inúmeros detalhes. A complexidade jurídica e regulatória é um dos maiores desafios que você enfrentará pela frente. Mas você pode contar com o apoio especializado do Baldin Mello em todas as etapas. Somos um escritório focado no universo das empresas de tecnologia e conhecemos o mercado. Assim, ofereceremos assessoria jurídica em um formato flexível, inteligente e adequado às necessidades da sua rotina. Temos diversos casos de sucesso e podemos ajudar sua fintech a sair do papel com sucesso. Para saber mais, fale com nossos especialistas.

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